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Polícia investiga possível caso de zoofilia no Bairro Itararé

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Foto: ONG Somos Pet (Divulgação)
Cadela Xuxa foi vítima de zoofilia, passou por cirurgia e se recupera em estado grave em uma clínica de Santa Maria

Até que ponto vai a crueldade do ser humano? Algumas vezes, essa parece ser uma pergunta sem resposta. A Polícia Civil (PC) de Santa Maria investiga dois casos que podem ser de crueldade contra animais ou de zoofilia (fazer sexo com animais) e o desaparecimento de um terceiro bichinho de estimação. Duas cadelas podem ter sido violentadas no Bairro Itararé. Uma delas está em estado grave após ter passado por cirurgia, a outra, não resistiu aos ferimentos e morreu.

O caso foi registrado na Delegacia Online pela presidente da ONG Somos Pet, Andrea Brasil, que atualmente é a tutora da cadela Xuxa. Conforme a ocorrência, Bruna Barbosa, proprietária do animal, contou que no dia 9 de janeiro, a cadela sumiu por algumas horas e teria voltado para casa por um mato fechado pelos fundos da residência. Ela estava bastante suja e com o órgão genital muito inchado.

- Ela é de dentro de casa, muito educada. É toda minha, me adora. Ela é braba, foi alguém conhecido que fez isso. Não identifico alguma pessoa capaz de fazer isso - diz.

Xuxa consultou em duas clínicas veterinárias, onde foi constatado o abuso sexual. Ela passou por cirurgia e está em observação em estado grave. A ONG pede ajuda para pagar os custos médicos com a cadelinha. Entre consultas, medicamentos e cirurgia, o valor chega aos R$ 1.550 até agora.

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Quem puder ajudar pode entrar em contato pelo telefone (55) 99988-9990 ou fazer uma doação de qualquer valor na conta da ONG. Agência 4433, conta 4511-7, operação 013, pessoa jurídica, CNPJ 34349018000115 (também é PIX).

- Solicitamos a guarda da Xuxa pela segurança do próprio animal. A gente quer salvaguardar a vida da cadela - conta Andrea.

A ONG Somos Pet solicitou ser fiel depositária da cadela após saber que outra cadelinha na mesma região teria passado pelas mesmas agressões e que um terceiro animal está desaparecido. Outra moradora da região teria informado, no dia 10 de janeiro, que a cadela dela foi agredida violentamente, não resistiu aos ferimentos e morreu. Andrea trabalha na causa animal há pelo menos 10 anos, mas a ONG completará dois anos em maio.

Francisco Link, 34 anos, é vizinho da casa de Bruna e era o dono da cadela Gorda, que voltou para casa bastante machucada, não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois.

- Entrei no mato para ver se não tinha algum vestígio, algum cachorro amarrado lá, mas não achei nada. Quem faz com animal, faz com pessoa. Isso aí é uma barbaridade, isso é doença. Não tem cabimento o ser humano fazer isso com um animal. A gente não sabe o grau da doença de uma criatura dessas - revolta-se.

INVESTIGAÇÃO

A 1ª Delegacia de Polícia está investigando o caso. Segundo o delegado Carlos Alberto Dias Gonçalves, responsável pela DP, a polícia está tentando identificar a pessoa que está cometendo esses crimes.

- O laudo veterinário diz que teriam introduzido um instrumento na genitália da cachorra. Pode não ter sido zoofilia e, sim, um caso de crueldade - informa o delegado.

A polícia busca por informações que possam levar até o autor das agressões aos animais. Quem tiver informações pode ligar para o telefone (55) 3217-1167 em horário comercial. O crime de crueldade contra animais pode dar de dois a cinco anos de prisão.  

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